PREGAÇÃO ÁGUA COM AÇÚCAR – Por José Nilson*

Existe uma cobrança para praticar o Evangelho muito discreta, imperceptível, acanhada, cautelosa, despretensiosa, enquanto os Profetas, João Batista, Jesus e seus discípulos, muito diferente de nós, pregaram de forma radical, enérgica, inflamada, arrebatadora, de maneira que chamava a atenção e as pessoas tomavam atitude, não suportavam a provocação e manifestavam suas intenções, se posicionavam a favor ou contra o Projeto anunciado, escolhia entre a luz e as trevas, a vida e a morte, amar ou odiar. Jesus e seus primeiros seguidores não faziam média com ninguém, estes abraçaram o Reino de Deus sem reservas, renunciando a si mesmo, abrindo mão de suas vontades e se colocando como servos, escravos de Deus. Ser santo ou nada, é decisão, ser uma pessoa irrepreensível, integra ou se deixar levar pela total insanidade e alienação. Alguém dirá: mas olha o fim deles, foram perseguidos e mortos! Por isso as palavras têm que ser amenas para não assustar, não causar constrangimento, não pode atemorizar as pessoas. Há um receio: Se aqui nós as assustarmos, em outro lugar falarão de forma mansa e vão ganhá-las. O Evangelho romantizado fez com que a fé se tornasse devoção, sentimento, superstição, faz aumentar a cada dia, o clube dos devotos momentâneos da teologia do coração quente, da aeróbica, chegam a dizer: Se não mexer com o emocional não presta. Enquanto isso a pregação de João Batista, por exemplo, era nestes termos: Raça de cobras venenosas, quem vos ensinou a fugir da ira que há de vir? Jesus pregava nestes termos: Ai de vos, escribas e fariseus hipócritas! Pagais o dízimo da hortelã, do endro e do cominho e desprezais os preceitos mais importantes da Lei: a justiça, a misericórdia, a fidelidade. A maneira que Jesus e seus seguidores falavam, tirava seus ouvintes da zona de conforto e desconcertava os soberbos, estes ficavam furiosos, não por acaso, procuravam meios para mata-lo. Como é a pregação nos dias de hoje? Qualquer palavra mais forte, com teor de denúncia, de correção, de revelação de caráter, de resistência a qualquer tipo de opressão, logo os ouvintes se escandalizam, ficam chocados, ficam indiferentes, com raiva ou passam a rir de forma evasiva, cínica e fogem. É preciso fazer constantemente, dissertação, uma volta ao começo de forma responsável, ler de forma crítica e atualizada. – Por uma sociedade sem males –

* o texto é de inteira responsabilidade do autor.

* José Nilson se declara, Profeta, Rei e Sacerdote

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