CARICATURA – Por José Nilson*

No Evangelho de Jesus Cristo segundo Marcos, capítulo 12, versos do 28 ao 31, um doutor da Lei perguntou a Jesus qual é o maior mandamento da Lei, lembrando que se tratava de 613 preceitos. Jesus respondeu: Amarás o Senhor teu Deus de todo o teu coração, de toda a tua alma e de todo o teu entendimento e de toda a tua força. O segundo é: amarás o teu próximo como a ti mesmo. Não há outro mandamento maior do que estes. Na teoria é muito bonito, mas não é o que acontece na pratica. Vivemos em uma realidade capitalista onde as pessoas valem o que tem no bolso. Para ganhar dinheiro, ser reconhecido e ter valor depende de um conjunto de ações que estão longe dos ensinos de Jesus. Vivemos em meio de guerras frias e permanentes sustentadas pela religiosidade e pela politicagem, onde reina a divisão, a intolerância, a indiferença, a hostilidade, ações estas, que impedem a vivencia do Reino de Deus. Enquanto Jesus vai ensinar que o centro da vida é o amor, amar o próximo que não tem nome, não tem religião, não tem partido político. São muitas forças e atitudes nossas que anulam os ensinos de Jesus, o que acontece é que nos afeiçoamos e nos apegamos há pessoas e ignoramos Jesus. Jesus se tornou uma ilustração, validação, uma garantia de sucesso de tudo o que se tornou obrigatório em seu nome. O nome de Deus está presente em nossas bocas, mas agimos do nosso jeito. O problema não é a religião e nem a política, ambas em suas essências são boas, o que destrói é o afastamento e a corrupção do espírito primitivo, no meio do caminho nos apegamos há pessoas, criando afetos, e esse afeto e amizade com a pessoa se torna mais importante que o Evangelho. Abandonamos a aliança com Deus para manter a aliança com a pessoa, afastamos de Deus, mas não afastamos da pessoa. No meio político acontece assim: se o agente político, sobretudo vereador e deputado, faz parte da base de apoio de quem governa, não fiscaliza nada e se coloca contrário a quem se atrever a fiscalizar, se torna um escudo do executivo, é bem contraditório. A partir do momento que se assume um lado, a cor da bandeira a ser empunhada, logo já se torna inimigo do lado contrário. Isso é se colocar longe do Reino de Deus, pois a partir daí o outro se torna um aborrecimento, já não presta, para quem está do meu lado ofereço tudo, para quem é contrário ofereço meu desprezo e minha indiferença, essa não é a proposta de Jesus. Tanto na politicagem quanto na religiosidade, queremos aprisionar as pessoas, não existe democracia, o espírito que domina é de monarquia, um manda os outros obedecem. Perguntas para refletir: Nosso jeito de ser cristão, incentiva outros a se tornarem cristãos? Os cristãos de hoje, se identificam com Jesus? Se o meu modo de ser não se identifica com Jesus, não sou cristão, me tornei mais um fã, um admirador de Jesus e nada mais.

– Por uma sociedade sem males –

* José Nilson –  Se declara, sacerdote , profeta e rei

*o texto acima é de inteira responsabilidade de seu autor

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Um comentário em “CARICATURA – Por José Nilson*

  • 13 de setembro de 2024 em 10:07
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    Essa é a mais pura verdade Irmão Nilson.
    Sociedade HIPOCRITAS…

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